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Guedelhas e Levis
          A menção a uma comunidade judia em Garvão remonta ao princípio da nacionalidade e segundo Mayer Kayserling, esta presença era mesmo anterior à reconquista, pois na sua História dos judeus em Portugal, do século XIX, menciona que D. Afonso III e D. Diniz nos foros que concederam ás terras arrebatadas aos Mouros após a conquista do Algarve, não excluiram os Judeus e as terras onde viviam em grande número como em Garvão. Volta a mencionar, no mesmo livro, que a comunidade de judeus em Garvão se encontrava entre as mais importantes do reino.
         Pela sua afluência à feira de Garvão ou pelas suas andanças pela Estrada Real do Algarve,  mantiveram-se, como comunidade ciente da sua origem, até praticamenteo ao século XX, havendo conhecimento actualmente de descendentes destas famílias ainda a residir na vila de Garvão.
          A Carta de Foral de Garvão de 1267, menciona, em várias cláusulas, leis referentes aos judeus, nomeadamente os que se dedicavam ao empréstimos de dinheiro, Os Onzeneyros.
         A família Guedelha, era uma família muito antiga de Judeus em Portugal. Em 1304 D. Dinis concedeu a D. Guedelha, sucessor de seu pai no Arrabiado-Mor do reino e tesoureiro da rainha mãe D. Brites, 2 torres em Beja para que fizesse casas. Outros elementos da família Guedelha distinguiram-se, também, em várias áreas e em várias épocas ao serviço dos reis de Portugal.
          Surge igualmente, num livro da Santa casa da Misericórdia da vila de Garvão, um indivíduo de nome Gadelha, a partir do ano de 1769, de nome completo Manuel Guerreiro Gadelha morador no Monte Zuzarte. Ainda residem em Garvão, familiares de um indivíduo chamado João Gadelha falecido por volta de 1930.
          Sobre a presença de famílias de nome Levi em Garvão, chegou-nos a informação(1) de um Levi José Camacho, filho de José Camacho e de Luísa Maria Botelha, (casaram em 1814), casado com Isabel Maria que foram pais de João Levi Camacho, de São Martinho das Amoreiras, que casou com Leonor Malveiro, de Garvão. Tiveram dois filhos, uma filha de nome Maria cujo padrinho foi Manuel Levi Camacho, (possívelmente irmão de João Levi Camacho), e um filho de nome Beijamim. Descendentes da famíia Camacho ainda residem em Garvão
          Levi José Camacho foi ainda padrinho de Constança, nascida a 2/3/1895, filha de Margarida Malveiro e de outro individuo de nome Levi, filho de Mariana Candeias, nascido pela mesma altura.
          Tanto os nomes de família Guedelha, Levi e Benjamim são comprovadamente de origem hebraica.
         Gedalia, Gedaliah ou Gedaliahu significa "Deus é grande". Na Torá, Gedaliah foi o governador da Judéia, designado por Nabucodonosor.
         Levi, significa "reunido a", ou "atendente de" com a conotação de devoção, amizade. Levi na Torá era o terceiro dos doze filhos de Yaacov. A mãe era Leah. Os descendentes de Levi eram os sacerdotes e levitas que serviam no Templo de Jerusalém.
         Benjamim, significa "filho de minha mão direita", com a conotação de força. Benjamin era o mais jovem dos doze filhos de Yaacov na Torá.

 

1 - Cortesia de Beatriz Rodrigues

publicado por José Pereira Malveiro às 22:17

Meu sobre nome e Gadelha, é gostaria muito de saber, se temos vínculo com Portugal?
Anónimo a 26 de Abril de 2020 às 05:15

Caro leitor
Só agora vi o seu comentário.
Por qualquer motivo foi para a caixa spam do email.
Claro que tem família em Portugal, o apelido Gadelha é um dos nomes de origem judia, mas difundidos em Portugal, com descendentes de Norte a Sul-
Cumprimentos

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