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Na Travessa do Álamo

Numa das artérias da vila, mais precisamente na Travessa do Álamo, pode-se observar uma coluna de mármore, vulgarmente conhecida por “Coluna Romana”, sem, contudo, devido à falta da respectiva investigação, se possa claramente identificar a sua antiguidade, proveniência ou utilização.

O seu aspecto, semelhante às clássicas colunas dos templos antigos, remete-nos, embora com as devidas cautelas, para o período da ocupação romana ou mesmo anterior. Se a monumentalidade romana se expressava em edifícios imponentes, onde se destacam as colunas como símbolo de importância, solidez, grandiosidade e poder, também é certo que já em civilizações anteriores se assistia à edificação de monumentos com colunas desta natureza.

Os parâmetros temporais para a utilização destas colunas, na vila de Garvão, limitam-nos para o período imediatamente antecedente à ocupação romana, à própria romanização ou para uma época posterior.

Limitando esta pesquisa ao período romano e anterior, temos para o período romano os diversos achados e vestígios encontrados na freguesia, destacando-se um busto marmóreo descrito por José Leite de Vasconcelos em 1908 e uma Estela funerária Romana estudada por Mário e Rosa Varela Gomes em 1984, entre outros vestígios e achados que proliferam na freguesia e que atestam a presença Romana, esta coluna poderia vir de algum templo ou edifício, desta época, ainda não descoberto.

Em relação ao período pré-romano a utilização de colunas do género da estudada, poderia ter feito parte do templo da idade do ferro, cuja localização ainda é desconhecida,[1] mas que se conhece a sua existência pela descoberta do Depósito Votivo, onde as oferendas eram depositadas.  

Esta coluna foi trazida, da ribeira junto à ponte da Estação de Garvão, onde foi achada, para o local onde se encontra, nos anos quarenta do século XX, por populares da vila.

 

[1] Sobre a localização deste templo, existe a cerca de 50 metros do Depósito Votivo e ao mesmo nível topográfico, uma estrutura, mociça, de construção pétrea, elevada a cerca de 2.50 metros do solo, com cerca de 6 metros de comprimento por 3 metros de largura, com escadaria frontal à largura da edificação.    

publicado por José Pereira Malveiro às 14:00

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