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Abr 09

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Este Blog visa promover a divulgação do Património

Histórico e Arqueológico da vila de Garvão.

E contribuir para o diálogo sobre propostas e soluções de desenvolvimento para a vila.

 

                

 

 

publicado por José Pereira às 20:25

Estive a dar uma olhada no site sobre Garvão.
Antes de mais quero dar os parabéns pela forma apaixonada como falas da terra.
Se eu não conhecesse e lesse o site, ficaria com vontade de lá ir.

Li apenas algumas partes, coloquei nos favoritos e irei ter, com certeza, o prazer de ir descobrindo mais.

Do que li há coisas que não entendo:
Onde é a Casa da Câmara com brasão?
Onde está o que resta do pelourinho? rente à Junta de Freguesia?
Qual a origem do nome "Aranni" o que quer dizer?

Há peças que se encontram nos serviços de arqueologia oficiais. Que serviços? Onde? Estão identificadas com a origem- Garvão?
Castelo e os Tuneis- Será que as casas situadas no castelo têm tuneis escondidos?
Onde é o sulco do furadouro? (explica como se eu fosse ....)

Ligações à Maçonaria- Interessa-me muito este tema. Há mais informação disponível?
José Pereira a 23 de Abril de 2009 às 20:33

RESPOSTA:
É sempre agradável encontrar alguém que goste de saber e de contribuir com alguma informação sobre Garvão .

A Casa da Câmara com brasão, fica situada onde é a junta de freguesia e o brasão está precisamente por cima, eram os antigos paços do concelho de Garvão , com duas freguesias, Garvão e Santa Luzia.

O que resta do pelourinho, está guardado no meu quintal, e segundo informação do Sr Chico Vilhena que já faleceu, o pelourinho ficava situado no largo da Junta de Freguesia.

A origem do nome Aranni ", é presumivelmente romana, agora o porquê de Aranni "? para além daquilo que está no livro, Garvão Herança Histórica" ou no site www.garvao.net ainda existe muito pouca informação disponível, mas estou confiante que vai aparecer mais interpretações sobre o nome Aranni " e até sobre a origem do nome Garvão ".
Está a parecer uma nova geração de Garvanenses que se preocupam, fazem as suas próprias investigações e contribuem não só para a valorização da vila, mas também sobre as raízes históricas.

As peças que me refiro e que se encontram nos serviços de arqueologia oficiais, são as peças que foram retiradas principalmente do Depósito Votivo, e que são milhares, as quais o actual presidente da Câmara, Pedro do Carmo, conseguiu fazer voltar para Ourique e possivelmente para um museu em Garvão .

Pois ... Castelo e os Túneis , Castelo havia de certeza, pela tradição local, que continua a chamar castelo a uma parte da povoação e pela pesquisa arqueológica que já descobriu muralhas e identificou o castelo.

Obviamente que um castelo não é só composto por muralhas defensivas, havia outros cuidados a ter na salvaguarda da população que lá se refugiava, nomeadamente necessidades de água e alimentação, e condições de fuga para os líderes, a construção de túneis era uma parte importante no sistema de defesa dessa comunidade, e aqui mais uma vez a tradição oral aponta para a existência de túneis , não só no topo do castelo, onde caiu um burro para dentro de um buraco, e diz que quem lá se aventurou que aquilo não tinha fim, como também nas encostas do castelo, por isso é bem provável que haja túneis escondidos.

José Pereira a 23 de Abril de 2009 às 20:46

Então e o Furadouro?
Maria Guerreira a 26 de Abril de 2009 às 20:40

O Furadouro é uma particularidade de Garvão.
Trata-se de uma abertura entre duas vertentes íngremes cuja feitoria possibilitou o aproveitamento das pedras para a construção do Castelo e do primitivo núcleo urbano de Garvão assim como a criação de condições propicias a uma melhor defesa, pois quanto mais pedras se tiravam mais o fosso se aprofundava e melhor permitia a passagem de pessoas e carroças de um lado para o outro, evitando assim as ladeiras íngremes do Castelo

Caro J. Pereia

O Furadouro existente em Garvão , não foi mais que um desvio da Estrada Real do centro da povoação, evitando a passagem de gados e restante transito, que a atravessava com grande frequência na medida em que era a principal via que ligava Lisboa e Évora ao Algarve. Quando foi feito esse desvio do centro da Vila de Garvão também o foi feito na Vila de Panóias, cuja estrada também foi desviada do porto da Crata para o porto dos Adôbos . Assim a Estrada Real foi desviada em Garvão com a abertura do Furadouro e da construção da Ponte, (que anteriormente era de madeira) deixou de passar pelo porto da Crata e pela Vila de Panóias. e passou a seguir pela margem esquerda da Ribeira até atravessar o porto dos Adôbos, indo depois entroncar na Estrada Real nas proximidades da Herdade do Reguengo na freguesia de Panóias. Com esta alteração do traçado da Estrada Real no início do século XIX deixou o trânsito de atravessar as ruas das vilas de Garvão e Panóias, aspiração há muito tempo reivindicada pelas populações das mesmas.

J. Ferreira
Anónimo a 23 de Novembro de 2010 às 09:38

Caro J. Ferreira
Obrigado pelo seu comentário, e por contribuir com esta preciosa informação sobre o Furadouro e a Estrada Real. Gostaria, em nome do Jornal de Garvão , de o convidar a desenvolver este tema sobre a Estrada Real, principalmente no percurso Garvão /Panoias e o furadouro para publicar no próximo Jornal.
Cumprimentos
José Pereira a 23 de Novembro de 2010 às 11:36


FEIRA DE GARVÃO

Assistiu-se no site da Câmara Municipal de Ourique à realização de um inquérito sobre a mudança da data da Feira de Garvão para um fim de semana, e os resultados são os que se seguem:

Detalhe do Inquérito
Concorda que a Feira de Garvão deve manter-se com datas fixas?

Concordo 116 votos 26%
Não Concordo 329 votos 74%

Qualquer decisão que venha a ser tomada nesse sentido, a da alteração, ou não, da data da feira para um fim de semana, deve pautar-se por decisões suportadas pelos respectivos estudos.

Mudar a data da Feira para um fim de semana, na esperança que vá melhorar, é errado, ainda em 2007, coincidiu com um fim de semana e assistiu-se a menos feirantes e visitantes, os feirantes foram para outros mercados que se realizam nesses fim de semana e onde há possibilidades de mais comércio.

A pergunta não deve ser sobre a eventual mudança da data da feira, como se já houvesse estudos a suportar essa ideia.
A questão é: Qual a melhor maneira de valorizar-mos a feira de Garvão ?

Apostar na componente tradicional?
Só o facto de ser genuína merece se conservada.

Onde é que está o património etnográfico, artesanal, gastronómico e cultural da Feira de Garvão ?
No consumo massificado da música pimba Lisboeta?
Ou nas sempre iguais gaiolas superbock ?
José Pereira a 27 de Abril de 2009 às 10:44

Parabéns pela iniciativa, vou seguir.

[J] a 3 de Maio de 2009 às 22:34

Só mais uma coisa, fui mesmo agora ao site da CMO para ver se conseguia consultar a programação da nossa feira e encontrei isto:

http://www.cm-ourique.pt/inqueritos/vote/id/20/

"Considera relevante o regresso das peças do Depósito Votivo de Garvão a Ourique?"

A Ourique??? Mas regresso a Ourique? Então se é património de Garvão vai para Ourique?
[J] a 3 de Maio de 2009 às 22:38

PEÇAS DO DEPÓSITO VOTIVO EM OURIQUE

Infelizmente continuamos a estar divididos em freguesias e concelhos, e infelizmente, também, Ourique como sede do concelho e do executivo camarário tem predominância sobre as outras freguesias, não devia ser assim mas é.

Contudo trazer as peças para Ourique, não é assim tão mau de todo, e acredito que o actual presidente, Pedro do Carmo, ao traze-las para o concelho lhes dará um destino melhor do que aquele onde estavam armazenadas.

No seguimento das escavações arqueológicas no Depósito Votivo, as milhares de peças foram levadas para Évora, de Évora foram para Lisboa e de Lisboa foram para Conimbriga onde as prateleiras desabaram e partiram uma enorme quantidade de peças, esta situação foi denunciada ao presidente da Câmara, Pedro do Carmo, e no seguimento desta informação, ou não, as peças vieram para a Ourique

As peças em Ourique já é um primeiro passo para aquilo que o autor deste blog e outras pessoas em Garvão têm vindo a defender nas últimas décadas, que é:
- Trazer as peças para Garvão
- Fazer um Museu em Garvão
- Organizar um espaço em Garvão onde estas peças possam ser recuperadas, tratadas, estudadas e divulgadas, formando assim pessoas de Garvão para o seu tratamento e criando postos de trabalho nesta vila.


E onde é que seria esse Museu?

Maria Guerreira
(Mensagem recebida por email)
José Pereira a 4 de Maio de 2009 às 12:38

DESENVOLVER GARVÃO

A Localização do Museu insere-se numa conjuntura e postura mais vasta para Garvão , em que a preocupação principal não é criar um Museu/depósito de peças arqueológicas, mas sim inserido numa dinâmica de desenvolvimento e criação de postos de trabalho para os jovens de Garvão e fixação dos casais jovens à terra.

É o Museu Arqueológico, composto por Museu e tratamento de peças arqueológicas, criando vários postos de trabalho.
É também o Museu Etnográfico, no qual já existe nas mãos de particulares várias peças para serem doadas para o Museu e criando, também, um espaço para a formação de pessoas na recuperação das alfaias e objectos antigos.
É a criação e circuitos culturais, arqueológicos, etnológicos, ambientais relacionados com a flora e fauna local.
É a continuação das pesquisas arqueológicas e a recuperação do património degradado, castelo, Cemitério Velho, Franciscos etc etc etc .

É todo um trabalho a ser iniciado tomando como exemplo outras terras em que a cultura e o património desenvolveram uma acção decisiva no desenvolvimento local, de que Mértola é um exemplo.

Historia, cultura... é sempre bom sabermos que ainda existem alguns que acreditam e lutam por dar a conhecer um pouco do que somos e de onde viemos...
Garvão tem origens remotas, nobre e guerreira subreviveu ao longo dos séculos... a questão essencial é, mais do que falarmos do passado sabermos o que está reservado para o futuro desta povoação e suas gentes?!

Confesso que os tão falados tuneis por debaixo das casas na zona do forte ou castelo sempre me fascinaram e sempre sonhei poder um dia andar e explorar os mesmo (tipo indiana Jones) mas passados tantos anos acredito que não vá mesmo passar de um sonho... infelizmente .
As peças arqueologicas estarem de volta é uma grande noticia... positiva, cloaro que sendo um verdadeiro filho da terra o meu desejo é que as mesmaspodesse ser expostas num museo na villa de Garvão, uma vez que as mesmas em nada têm a ver com a historia de Ourique, Ourique é Ourique e tem a sua famosa "batalha"... esperemos que o bom senso prevaleça e que os politicos usem a sua inteligencia (se têm alguma) e que os "ilustres" se deixem de jogos e politiquices... Concelho de Ourique não é Ourique apenas e embora o poder administrativo esteja lá a democracia é de todos e não apenas de alguns...

Mais do que politicas, que me deixam enjoado... acho que tudo o que possa engrandecer esta vila vale o sacrificio, mas acredito que a unica forma de tal acontecer é apostar no futuro, no desenvolvimento... Garvão é como que estivesse parada no tempo e no espaço e apenas actitudes radicais podem mudar o rumo da historia.
Apostar no turismo é fudamental, Garvão está a pouco mais de uma hora de Faro, apenas a 30 minutos da costa Atlantica, pouco mais de duas horas de Lisboa... sem esquecer o novo aeroporto de Beja que é praticamente uma realidade e que se espera que venha a ser um polo de desenvolvimento e uma linha de caminho de ferro que está para ser explorada... A barragem do monte da rocha é um potencial... um diamante que está a espera de ser descoberto, o eco-turismo é uma aposta segura, viável, uma saida para o desemprego e uma aposta para as futuras gerações.

Onde estão as iniciativas privadas e politicas para que o desenvolvimento deixe de ser uma miragem e passe a ser uma realidade?
O desenvolvimento e o progresso apenas acontece porque ha quem trabalhe, para os idealistas ou sonhadores tudo isso nao passa de um sonho.
Apenas quero dizer dou o meu total apoio e valorizo aqueles que acreditam que é possivel mudar e melhorar... embora nao esteja a residir em Garvão, continuo ligado e a considerar-me um filho da terra... um bem haja a todos os que acreditam, Garvao ainda tem muito para oferecer.
Jorge Soares a 5 de Maio de 2009 às 16:39

Para esse desenvolvimento era necessário o investimento privado, e para tal é necessário atrai lo, o que nesta altura é complicado. É a crise... Mas é durante estes períodos económicos e nascem as grandes oportunidades de negócio.
O poder político era necessário para poder desenvolver um plano que atraia o investidor e esse para Garvão tardará em chegar até porque é difícil. A criação de um projecto que desenvolvesse o património cultural de Garvão seria uma grande passo para todo o outro desenvolvimento.

[J] a 5 de Maio de 2009 às 20:57

Pois é caro conterrâneo, segundo as suas palavras "A criação de um projecto que desenvolvesse o património cultural de Garvão seria uma grande passo para todo o outro desenvolvimento".
É precisamente isso, é preciso começar por qualquer lado e sem dúvida desenvolver o que temos é o primeiro passo, se outras terras desenvolveram esquemas de desenvolvimento local e criação de postos de trabalho com base no património cultural, com certeza nós também podemos desenvolver o nosso.
O investimento público e subsidiado poderia ser o incentivo inicial , e existe subsídios a nível da Comunidade Europeia para a investigação histórica e arqueológica, para a manutenção das Feiras Tradicionais, da manutenção das raças de Vacas Autóctones, para a florestação etc etc etc.

Olá Jorge
Bem vindo
Vai mandando notícias aí da Escócia

Acha que se podia criar postos de trabalho com as Vacas Garvanesas?
Maria Guerreira a 6 de Maio de 2009 às 14:12

Comentário apagado.
Anónimo a 6 de Maio de 2009 às 23:27

Esta variedade de vacas porta o nome de Garvão
Seria, sem dúvida, uma mais valia para a freguesia ter um pequeno núcleo destas vacas.
Só por curiosidade desde que o site www.garvao.net foi publicado na internet, vários têm sido os emails, não só de Portugal, mas também da Hungria e Inglaterra a inquirirem sobre estas vacas.
Ora isto significa visitantes e consequentemente a divulgação de Garvão .
Acho que com esforço e um bom planeamento a Junta de Freguesia poderia manter um núcleo de vacas Garvanesas .
O antigo baldio da Sardoa ainda tem muito terreno subaproveitado onde podiam estar.
Para pagar aos tratadores existem subsídios que poderiam ser canalizados para pagamento de ordenados e forragens.
Devia-se dar preferência a jovens da terra que se comprometessem a tirar um curso superior relacionado com a valorização destas vacas.

DESPACHO NORMATIVO N.º 47/2004 DR n.º 277, I-B Série, de 2004.11.25, Ministério da Agricultura, Pescas e Florestas
Neste contexto, em 2004, através do Despacho Normativo n.º 11/2004, de 9 de Fevereiro, publicado no Diário da República, 1.ª série-B , de 3 de Março de 2004, foram disponibilizados 25000 direitos para suprir o défice de direitos dos efectivos autóctones existentes, considerados estes que são como um instrumento essencial para a preservação do património genético nacional e para o desenvolvimento da pecuária extensiva.

VACAS ALEITANTES - Continente
Prémio base 200,00 animal
Prémio complementar 30,19 animal
Pagam. complementar (Raças Mertolenga e Alentejana) 103,00 animal

Esta variedade de vacas porta o nome de Garvão
Seria, sem dúvida, uma mais valia para a freguesia ter um pequeno núcleo destas vacas.
Só por curiosidade desde que o site www.garvao.net foi publicado na internet, vários têm sido os emails, não só de Portugal, mas também da Hungria e Inglaterra a inquirirem sobre estas vacas.
Ora isto significa visitantes e consequentemente a divulgação de Garvão .
Acho que com esforço e um bom planeamento a Junta de Freguesia poderia manter um núcleo de vacas Garvanesas .
O antigo baldio da Sardoa ainda tem muito terreno subaproveitado onde podiam estar.
Para pagar aos tratadores existem subsídios que poderiam ser canalizados para pagamento de ordenados e forragens.
Devia-se dar preferência a jovens da terra que se comprometessem a tirar um curso superior relacionado com a valorização destas vacas.

DESPACHO NORMATIVO N.º 47/2004 DR n.º 277, I-B Série, de 2004.11.25, Ministério da Agricultura, Pescas e Florestas
Neste contexto, em 2004, através do Despacho Normativo n.º 11/2004, de 9 de Fevereiro, publicado no Diário da República, 1.ª série-B , de 3 de Março de 2004, foram disponibilizados 25000 direitos para suprir o défice de direitos dos efectivos autóctones existentes, considerados estes que são como um instrumento essencial para a preservação do património genético nacional e para o desenvolvimento da pecuária extensiva.

VACAS ALEITANTES - Continente
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Prémio complementar 30,19 animal
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