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          O 25 de Abril, foi há 50 anos. Foi um dia em que muitos portugueses conheceram, pela primeira vez, a liberdade.

            A democracia estava a chegar e a guerra iria acabar.

            O país cansado, velho, bafiento, onde as proibições eram muitas, ferozes e injustas, e as permissões irrelevantes e insignificantes, dava lugar a uma nova realidade. No país onde era proibido pensar - e até vender Coca-Cola ou usar isqueiro sem licença - passava a ser proibido proibir, para usar a palavra de ordem de Maio de 68.

            Já lá vão 50 anos. Assinalar o aniversário do 25 de Abril é, hoje, falar de um passado distante na memória, com muitas leituras e diferentes emoções. Mas é, ainda, um acontecimento em que a generalidade dos portugueses se revê.

            Para celebrar, mas, também, para recordar e dar a conhecer o que foi o 25 de Abril, o Jornal de Garvão, decidiu lançar, no ano em que celebra 30 anos, uma edição especial.

          A importância social de um jornal local, como fonte primária de informação, deve ser considerado como um dos mais importantes instrumentos de esclarecimento e divulgação.            

          Assim, este Jornal tem vindo a despertar a produção, a criatividade, o senso crítico e a participação direta dos participantes, desenvolvendo variados tipos de aptidão, além de transmitir, informações vocacionadas para a divulgação de histórias do quotidiano das comunidades locais e a recolha, tratamento e divulgação de notícias, institucionais e educativas a toda a comunidade e desenvolver habilidades de leitura, estimular a escrita e a criatividade e promover o diálogo e o debate.

          Os jornais locais têm um papel muito importante na preservação das memórias locais, são um guardião das histórias, tradições e identidades, uma vez que registam informações de âmbito local e mesmo regional, de uma forma que nenhum outro meio de comunicação o faz e assumem um papel decisivo num mundo onde a globalização está cada vez mais instalada.

      Daqui a umas gerações, quando só as notícias mais longínquas e de cariz nacional ou global restarem, apercebemo-nos de que nada saberíamos, se não fossem estes registos, sobre o que se passou na nossa terra ou sobre a sua história e património que paulatinamente vão desaparecendo.

publicado por José Pereira às 21:26

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