Neste quadra Natalícia e no Novo Ano que se aproxima, é fundamental, para qualquer pessoa, conhecer as suas próprias raízes, condição essencial para cimentar ligações à sua terra e dos seus antepassados.
Numa época, em que o ritmo de vida nos leva a afastar-nos, cada vez mais, das origens, se não conhecermos o nosso passado, muito difícil será a procura dos caminhos de um futuro que respeite e, ao mesmo tempo, se orgulho da ação das gerações que nos precederam.
Sem compreendermos a nossa história, muito dificilmente conseguiremos respeitar e conservar as marcas que essas gerações nos legaram desde tempos imemoráveis.
Ora, Garvão é uma terra privilegiada, no capítulo da História, da Arqueologia e da Cultura em geral, dado que conserva ainda vestígios de praticamente, todas as épocas, desde o paleolítico até aos nossos dias.
No entanto, este riquíssimo património, não tem merecido a atenção devida, frequentemente ameaçado, acaba por cair no desleixo e no esquecimento.
Um património que poderia contribuir significativamente para a afirmação da nossa terra no quadro histórico e cultural europeu, (como se observa noutras terras, em que souberam catapultar a herança histórica e cultural, para patamares de progresso e dinamismo social), tem sido alvo, inconscientemente (ou talvez não), de saque e de vandalismo, num processo de degradação irremediável que dificilmente e só com muita boa vontade, poderá servir os interesses de uma população que nos último sessenta anos perdeu 80% dos seus residentes.