Sobre a Santa Casa da Misericórdia da vila de Garvão, surgiu um documento, com a data de 3 de Junho de 1959, onde constam várias pessoas desta terra como elementos da Administração desta, nomeadamente como Provedor José Sabino Sequeira, como Tesoureiro, Júlio Beltrão de Matos e como Secretário Joaquim Fiel Mestre.
O documento denominado “Cópia dos Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Garvão” em papel azul, tamanho A4, composto por vinte e uma página dactilografadas, no qual constam cinquenta e nove artigos e as respetivas alíneas que compõem os estatutos.
Este documento do ano de 1959, levanta várias questões que a memória local e as pesquisas bibliográficas não têm até agora, dado resposta.
Apesar de nos anos sessenta do século passado ainda existirem as instalações da “Misericórdia”, do “Hospital” e do “Registo Civil”, denominadas assim pela população, também era do conhecimento geral que esta, como instituição composto por membros/irmãos há já muito tempo que deixou de ter qualquer actividade em Garvão, contudo no artigo 58º dos referidos estatutos menciona: A Mesa da Irmandade poderá reunir na sala de sessões da Misericórdia, caso não dispor de instalações adequadas.
O surgimento deste documento, sugere que, embora inexistente por esta altura, continuava presente nas aspirações da população e este documento deverá ser interpretado como (mais) uma tentativa destes elementos que constam nesta “Cópia dos Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Garvão”, de não só, de não deixar morrer uma instituição por esta altura moribunda, mas igualmente de a dotar de alguma dinâmica que a fizesse reviver para servir/apoiar a população de Garvão.
Desconhece-se se esta diligência teve seguimento ou qual o resultado que se obteve desta iniciativa, contudo é sabido que a lembrança desta instituição, se presentemente continua forte no imaginário da população, ainda o mais seria por esta altura de 1959.
A referência“ à Misericórdia” da vila de Garvão imediatamente anterior a esta de 1959, surge no Anuário de 1909[1], onde menciona vários membros que faziam parte da Misericórdia e Hospital de Garvão em 1908/1909, nomeadamente: o Médico, Francisco António Togeiro, a Enfermeira Maria Inácia, o Tesoureiro José António Malveiro, o Escrivão António Anastácio Diniz Gago e o Pároco António Gonçalves Moreira.
[1] Os Anuários eram publicações que discriminam os nomes e profissões das pessoas de Portugal, Ilhas e ex-Colónias.