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Igreja S. Sebastião.jpg

 

Estação de Garvão

In: www.monumentos.gov.pt

De: José Falcão e Ricardo Pereira, 1977.

Actualização: Paula Figueiredo, 2001.

 

Arquitectura religiosa, vernacular. Capela de planta longitudinal composta por nave, capela-mor mais estreita e baixa e sacristia adossada ao alçado lateral esquerdo. Fachada principal em empena e com os vãos em eixo composto por portal de  verga recta moldurado, encimado por janela. Alçados com cunhais apilastrados. Coberturas de madeira, na nave, e em falsa abóbada de berço, em estuque, na capela-mor.

 

DESCRIÇÃO

     Planta longitudinal escalonada, composta por nave, capela-mor mais estreita e baixa, e sacristia adossada do lado esquerdo, de volumes articulados.

     Cobertura diferenciada em telhados de duas águas na nave e capela-mor prolongando-se o da  capela-moremabacorridapela sacristia.

     Fachada principal orientada, rematada por empena semicircular com pináculos piramidais nos acrotérios e encimada por cruz.

     Portal de verga recta adintelada, sobrepujado por janela.

     Sacristia com porta de verga recta adintelada a E., sobrepujada por campanário com olhal em arco de volta perfeita coroado por frontão de lanços.

     No INTERIOR, a nave possui cobertura de forro de madeira em masseira, com púlpito do lado do Evangelho. Arco triunfal de volta perfeita, com moldura e apoiado em pilastras, degrau e grade de ferro fundido.

     Capela-mor com abóbada de berço que arranca de cornija, decorada por estuques com medalhão central representando o Agnus Dei Cadeado por quatro medalhões circulares com cruzes e alfaias; altar-mor antecedido por três degraus semi-circulares e retábulo de alvenaria e decoração estucada com nicho central e duas mísulas laterais.

     Do lado do Evangelho, rasga-se a porta de acesso à sacristia, com cobertura em abóbada de arestas, nicho em arco de volta perfeita e lavabo com ornamentos de argamassa.

ENQUADRAMENTO

     Peri-urbano, junto à estrada que se dirige à estação de caminho-de-ferro de Garvão, antecedido por adro murado, com habitações adossadas do lado direito.

DADOS TÉCNICOS

     Estrutura mista ( nave e sacristia ) e paredes autoportantes ( capela-mor ).

MATERIAIS

     Paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas, cobertura de telha de canudo, pavimento de mosaico hidráulico e tijoleira, estuques.

publicado por José Pereira às 12:53

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IN: www.monumentos.gov.pt

Autor e Data:

Isabel Mendonça 1994

 

 Aglomerado proto-urbano. Povoado proto-histórico com ocupação desde o Bronze Final e posterior ocupação romana e medieval islâmica. Povoado fortificado. Foi exumado espólio significativo.

 

 

Descrição

Subsistem restos de muros feitos de pedra sobreposta e de taipa, contornando a vasta plataforma criada no topo do monte. A zona está cercada. Na vertente do lado nascente do cerro, a 18,97m, sob o pavimento da R. do Castelo, foi encontrado um importante depósito secundário de oferendas e ex-votos, uma "favissa" ou "bothros", constituído na 2ª metade do séc. III a.c., certamente incluído numa estrutura de carácter religioso mais complexa. A existência de inúmeras placas oculadas em ouro e prata apontam para o culto de uma divindade com poderes profilácticos nas doenças de olhos; as peças utilitárias podem ter contido oferendas alimentares, as taças podem ter sido usadas para libações ou como queimadores ou lucernas (Beirão, 1985). O depósito votivo foi constituído numa fossa artificial talhada na rocha e foi intencionalmente coberto por grande número de peças fragmentadas misturadas com grandes blocos de quartzo e terra. Na base assentava uma caixa com um crânio humano com indícios de trepanação, rodeado por ossos de animais e fragmentos de cerâmica pisados. Sobre ela assentavam grandes vasos cerâmicos, cheios de outros recipientes menores alguns contendo pequenos objectos em cerâmica, ouro, prata, vidro, cornalina e bronze; os espaços entre eles era ocupado por outros recipientes menores. Entre os objectos destacam-se placas oculadas, 2 figurações antropomórficas sobre placas de prata, com atributos de Tanit, uma fíbula anular, fragmentos de "oinochoai" em vidro polícromo, um hemidracma de Gades, que mostram componentes culturais mediterrânicas (Beirão, 1985).

 

Cronologia

Bronze Final - ocupação pelo menos desde esta época; Época Romana - muitos vestígios de romanização; Época medieval - ocupação continuada durante o período islâmico; vila medieval desenvolveu-se nas encostas S. e E. do cerro do castelo.

 

Intervenção Realizada

1971 - recolha de objectos existentes à superfície: fragmentos de cerâmica romana, um asse da oficina de Celsa; numa das ruas da vila é identificada uma coluna de mármore romana, retirada do oleito da Ribeira do Garvão; 1981 - identificação de materiais da Idade do Ferro: cerâmicas e restos de uma muralha; sondagens junto à muralha revelam fragmentos de cerâmica e um molde de pedra múltiplo para fundição de armas do Bronze Final, da 2ª Idade do Ferro, do período romano, árabe, moderno; 1982 / 1983 - descoberta do depósito votivo e posteriores trabalhos de prospecção, estudo e restauro das peças

 

 

Bibliografia

DIAS, M. M. A., COELHO, L., Achados de moedas romanas do concelho de Ourique, in O Arqueólogo Português, série III, vol. VII / IX, Lisboa, 1974 / 1977; BEIRÃO, Caetano de Mello, SILVA, Carlos Tavares da, SOARES, Joaquina,, GOMES, Mário Varela, GOMES, Rosa Varela, Depósito votivo da 2ª Idade do Ferro do Garvão, in O Arqueólogo Português, série IV, vol. III, Lisboa, 1985.

publicado por José Pereira às 13:51

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