24
Out 20

Caros conterrâneos, visitantes, amigos e interessados.

Quem é que tem uma foto da dança, com melhor qualidade da ilustrada?

Ou, já agora, outras fotos da dança ou sobre a vila e outros acontecimentos.

Agradeço que enviem para: jpmg6767@gmail.com

Desde já, os meus agradecimentos

José Pereira

Foto da Dança Antiga.jpg

 

publicado por José Pereira às 12:05

Dança dos Paus.jpg

Representação da Dança das Espadas

 

Em 2003 escreveu-se no livro Garvão - Herança Histórica, no seguimento da ida da Dança de Garvão ao lar de Ourique em 1995 e segundo informação do nosso conterrâneo Francisco Charrua, só os idosos com mais de 85 anos em 1995 se lembravam da Dança das Espadas e da Dança dos Guizos ser dançada na vila de Garvão.

 

Agora em 2020, dezassete anos depois de passado à escrita essa informação, infelizmente os autores dos testemunhos recolhidos em 1995 já não se encontram entre nós, contudo surge-nos agora um novo testemunho deste tipo de danças que se faziam nesta zona, mais concretamente em Castro Verde.

 

Trata-se do Sr. Manuel Pancadas Gonçalves, com sessenta e nove anos, nasceu em 1951, relatou que por volta dos anos sessenta do século XX, o seu tio António foi um dos últimos organizadores destas danças, onde ele e os irmãos, Francisco Gonçalves, conhecido como o chinês e o Posidónio Gonçalves também faziam parte da dança.

 

Para além da Dança das Espadas, dançavam também a Dança dos Arquinhos e a do Mastro das Fitas, estas danças incluindo a das Espadas eram cantadas. Corriam as terras e aldeias em redor, Ourique, Almodôvar entre outras pelo carnaval e recebiam o que as pessoas lhes queriam oferecer, dinheiro, comedias e outros bens.

 

A Dança das Espadas era feita com uns paus a imitar espadas e a baterem uns nos outros, começavam em roda e depois faziam duas filas e cruzavam uns com os outros, rodopiavam e dançavam em volta, sempre batendo nos paus/espadas uns nos outros. Havia homens e outros homens trajados de mulher na Dança dos Arquinhos e do Pau das Fitas, contudo na Dança das Espadas e dos Guizos os elementos masculinos trajados de mulher não entravam, eram executadas só por dançarinos trajados de homens.

 

A Dança dos Guizos, como se relatou no mencionado livro, era executada com as coleiras dos animais cobertas de guizos, cascavéis, campainhas ou pequenos chocalhos, previamente recolhidos nas arramadas onde se guardava os animais, e enroladas em torno do corpo e das pernas, cujo som, sintonizado entre os dançarinos, dava o tom musical à respetiva dança.

 

A Dança dos Arquinhos era única cantada, as outras, das Voltas e do Pau das Fitas, eram executadas ao som da flauta nos finais dos anos de 1950 e princípios de 1960 e em anos mais recuados e incluindo a Dança das Espadas e dos Guizos, ao som da rebeca, tambor e outros instrumentos tradicionais, incluindo a viola tradicional alentejana de arame, hoje conhecida por viola campaniça.

publicado por José Pereira às 11:48

03
Out 20

CAPA FINAL Capa e lombadaJPM3.jpg

PUBLICAÇÃO do LIVRO FORAL NOVO DE GARVÃO - 1512.

                 Torna-se importante na data em que se assinala os quinhentos anos da outorga do Foral-Novo a Garvão, realçar a importância do resgate da memória local através da valorização do seu património. Valorizar igualmente a identidade colectiva da população, e incutir nas gentes locais o sentimento de pertença e a importância histórica de que se revestiu a outorga deste diploma, por El rei D. Manuel I em 1 de Julho de 1512.

            A antiguidade deste documento e a sua predominância na regulamentação da vida quotidiana da comunidade, do então concelho de Garvão, durante séculos, enquanto “lei da terra”, conferem, a este documento, um estatuto único num contexto social, económico, político e jurídico completamente diferente da realidade actual.

            A outorga dos Forais-Novos às populações, pela reforma dos Forais-Velhos, outorgados maioritariamente no período da reconquista e consolidação nacional, mostravam-se, séculos depois, desactualizados e insere-se num amplo processo de reformas do sistema administrativo e jurídico pelo rei D. Manuel que se destinavam tanto a modernizar o reino, como a uniformizar e a aplicar as leis gerais a todo o território. Visava essencialmente o reforço do poder real e fixar os impostos, encargos e foros a pagar pelos municípios ao rei ou aos senhorios quando era caso disso.

            Apesar do tema das cartas de foral e do poder concelhio não ser novo, não se nota, por parte dos historiadores e juristas portugueses, apesar de cada vez mais se entender, entre os historiadores nacionais, que o reinado e o governo de D. Manuel, se caracterizou por uma acção de reformismo, de modernismo e de construtivismo, tanto interesse pelo estudo e divulgação dos Forais-Novos como pelos forais da primeira geração ou Forais-Velhos.

             Tem, contudo, desde as últimas décadas do século passado e nestes últimos anos, aparecido estudos inovadores e interessantes contributos que apresentam uma nova visão para o entendimento dos Forais-Novos e da história social e económica desta época, por parte de novos historiadores assim como surgiram um número significativo de dissertações de mestrado e teses de doutoramento, em torno destas cartas de “leitura nova” e de monografias ou estudos locais.

CLICK para mais detalhes.

publicado por José Pereira às 12:14

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