Jornal de Garvão 23
Em Fevereiro de 1267, no reinado de D. Afonso III, o Mestre da Ordem de Santiago, D. Paio Peres Correia, conjuntamente com João Raimundo, Comendador de Mértola, outorga a carta de Foral de Garvão.
O Foral de Garvão é um documento importante, não só para a história da própria vila, mas, porque consubstancia matérias de direito penal, militar, administrativo e fiscal, também, para o estudo da organização da sociedade do século XIII. Para além da sua importância política, como símbolo do poder local, este documento, também, nos permite tomar conhecimento dos laços de solidariedade e das relações económicas implementadas por estas comunidades isoladas e concentradas sobre si mesmas desde tempos remotos, que o tornam num documento de referência no quadro do património documental desta época.
Tem sido referenciado por vários autores, em várias épocas, tanto no campo do direito penal, militar, administrativo, político e fiscal como no campo histórico e linguístico a partir do único original conhecido e conservado no Arquivo Nacional na Torre do Tombo. Os trabalhos de investigação e divulgação relativos às cartas foralengas, atribuídos aos diversos concelhos portugueses, têm merecido, desde há já alguns anos, uma vasta referência ao Foral de Garvão, como demonstra as diversas produções dedicadas a esta matéria.
Comemora-se assim, esta data tão importante para a vila de Garvão, com a edição do Jornal de Garvão nº 23 inteiramente dedicado ao Foral Velho de Garvão.