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Mai 15

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Vinte Anos Depois ...

          Em 1995 dentro do âmbito da Associação Cultura e Defesa do Património de Garvão foi editado o livro de Fotos Antigas da vila de Garvão.

          Fruto da colaboração da referida Associação com a restante população que cederam graciosamente as fotos em sua posse para a respectiva publicação.

          Relembrar os vinte anos passados sobre a sua edição, tal como há vinte anos, é dar a conhecer vivências socio-culturais e históricas da população de Garvão que, além de marcar as respectivas gerações, elucidou-nos como as vivências diárias se vieram a alterar profundamente entre os quotidianos passadas e presentes das gentes do nosso… (atrevo-me mesmo a dizer concelho)

          Fotos de uma existência traçada pelas raízes que os prendem à terra, à música, à escola, às festas, à feira, à consciência, à vida, ao futuro, aos direitos, no fundo à dignidade, à honra, à nobreza, à decência e respeitabilidade… Fotos que contam histórias daqueles que nos precederam, daqueles que num dado momento da sua vida tiveram a coragem, de com maior ou menor sofrimento, de enfrentarem as adversidades da vida e contribuírem para a história da vila de Garvão.

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publicado por José Pereira às 19:54

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Mai 15

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Cerro da Forca

          No extremo Sul da vila de Garvão, sobranceiro ao "Curral dos Bois", na  Estrada para o Monte Zuzarte fica situado o "Cerro da Forca", onde, segundo a  tradição oral eram enforcados os justiçados.

          Segundo informação dos antigos proprietários toda aquela área estava coberta de sobreiras e azinheiras, sendo a forca, quando era preciso, colocada numa das pernadas de determinada azinheira.

           As Forcas como símbolo da execução da justiça e da autonomia municipal, (assim como os Pelourinhos, os Forais e os respectivos Paços do Concelho), foram abolidas em Portugal a 26 de Junho de 1867 no reinado de D. Luís.

          As Forcas eram situadas, geralmente, em Serros sobranceiros à Vila, de boa visibilidade onde a exposição dos justiçados na Forca teriam um efeito dissuador e de intimidação dos possíveis infractores e da população em geral.

          Os sentenciados à "morte perpéctua", (sem direito a enterramento cristão para salvação da sua alma, nem direito a ser enterrado em solo sagrado nos adros das igrejas como era habitual), implicava que os "enforcados" ficavam expostos na Forca, até ao próximo dia de Todos-os-Santos, quando os Irmãos da Misericórdia organizavam a Procissão dos Ossos, e recolhiam o que restava do condenado para o sepultarem junto à Igreja da Misericórdia, muitas vezes os corpos "no seu entorno" padeciam do ataque de cães e outros animais que despedaçavam as partes inferiores dos condenados.

          Devido à larga exposição dos "enforcados" por "morte perpéctua", as Forcas eram, geralmente, situadas em elevações contrárias ao vento dominante, para que na Vila e nas casas da população, não se sentir o cheiro da carne em decomposição.

publicado por José Pereira às 22:46

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